segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Resíduos

O QUE ME TORNA

O que sou, e o que desejo tornar-me, é por certo uma tarefa de construção diária. É verdade que nenhum homem constrói a si mesmo sozinho, tampouco é construído passivamente. O que sou, portanto, é justamente o que me permiti ser, projetando-me dentro de minhas circunstâncias possíveis. O importante, como disse Sartre, não é o que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós. Felizmente tenho alguns mestres. Espíritos livres que construíram uma existência autêntica. Aprendi mais com Nietzsche e Deleuze sobre o mundo e o homem do que com credos e religião. Percebei, lendo Fernando Pessoa, que a realidade é imensa e que somos do tamanho do que vemos. Saramago e Graciliano Ramos me ensinaram mais sobre o social do que a Sociologia Política. Van Gogh me mostrou a incomensurável grandeza de acreditar no talento.

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